Cinco motivos pelos quais você precisa assistir Good Girls no Netflix!

Tendo estreado na NBC americana em 2018, Good Girls é uma série de comédia dramática que teve seu lançamento internacional conduzido pela Netflix em junho do mesmo ano.

Há dois meses, foi disponibilizada na plataforma a segunda temporada do programa, melhor ainda recebida pela crítica.

Repleta de dilemas morais, Good Girls introduz o espectador a Annie (Mae Whitman), Beth (Christina Hendricks) e Ruby (Retta) que, diante de cenários financeiramente caóticos em suas vidas, decidem assaltar um supermercado.

Acontece que o assalto acaba sendo a porta para uma sequência escatológica de complicações na vida das três, que têm dificuldade para se desvencilhar do mundo criminoso.

Em meio a isso, é possível também acompanhar os dramas pessoais de cada uma das protagonistas, tão comoventes ao público que se torna impossível não torcer para as três, sobretudo vendo o modo atrapalhado e apaixonado como quebram a lei.

Por isso, listamos abaixo cinco motivos pelos quais você deveria adicionar a série à sua lista de espera de vícios televisivos:

5. O humor

Se Good Girls tem tramas viciantes o suficiente para garantir que seus olhos não se desgrudem da tela, também não peca ao garantir as risadas dos espectadores, com tiradas pontuais perfeitamente posicionadas para eventuais quebras de tensão em cada episódio. É o produto inevitável de três amadoras se aventurando no crime.

4. A representatividade

Na série, Isaiah Stannard desempenha o papel de Sadie Marks, inicialmente apresentada ao público como a filha de Annie , cuja narrativa, mormente desenvolvida durante a segunda temporada, esbarra em questões importantes e ainda pouco discutidas atualmente, já que como é perceptível desde um primeiro momento, Sadie é um menino trasngênero.

Talvez o mais importante nisso tudo, inclusive, seja o fato de Isaiah também ser um rapaz transgênero na vida real, o que o possibilita empregar a sua vivência própria na interpretação da personagem.

Uma boa adição ao grupo de produções como Pose, que apoiam artistas transgêneros, diferentemente de diversos programas que insistem em escalar atores cisgêneros para papeis do tipo, ignorando a escassez de oportunidades apresentadas a atores transgêneros, que, na maioria das vezes, são procurados exclusivamente para desempenhar papeis de personagens transgêneros.

3. As tramas secundárias

Talvez nem possam ser consideradas secundárias, já que, afinal, advêm do núcelo familiar das protagonistas, que é o que as levou a adentrar a vida criminosa em um primeiro momento.

As estórias de Annie, Beth e Ruby são tão envolventes quanto a trama primária que envolve as três como um trio. Acompanhamos os dramas individuais de cada uma e os dilemas cotidianos com os quais têm que lidar, nos possibilitando acompanhar as diferentes circunstâncias que cada uma das mães deve considerar quando decidem se arriscar na lavagem de dinheiro, tráfico e demais crimes em que se envolvem. As lágrimas são certeiras.

2. O elenco

Christina Hendricks, Mae Whitman e Retta lideram o elenco com maestria, cada uma perfeita na execução de sua respectiva personagem, imprimindo sobre as mesmas toda a emoção e personalidade que a sua narrativa pede.

Destaque cômico em Parks and Recreation, quando curtia a vida com Aziz Ansari, Retta surpreende o espectador que não é familiar com seu lado mais dramático, traduzindo perfeitamente a complexidade emocional dos dilemas com que Ruby deve lidar por ser casada com um policial e ter uma filha cujas condições médicas exigem gastos inevitavelmente elevados.

1. O feminismo

Desde o título, desdenha-se do modo como tradicionalmente a sociedade dita que mulheres devem se comportar. O que seriam “boas meninas”?

Jenna Bans, criadora da série, explicou que cresceu torcendo por personagens femininas que tomavam a frente em seus respectivos universos, mas que notava que, na maioria das vezes, a faziam de modo calculado, frio e manipulado. Sem atribuir qualquer conotação negativa a esse comportamento, seguiu explicando que sua ideia com Good Girls foi colocar a frente também mulheres que assumiam a liderança de modo mais impulsivo, agressivo e não podado.

Good Girls tem uma sinopse que é um prato cheio para críticas daqueles mais céticos, mas recomendamos que a ideia oferecida por Jane Bans seja abraçada com toda a religiosidade daqueles que se deliciam com as telinhas afundados no sofá. Uma vez que o espectador decide acreditar naquilo que a série lhe apresenta, é impossível deixar de acompanhar o que o futuro reserva para Mae Whitman, Christina Hendricks e Retta.

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