A filosofia por trás de “Dark”

Chegada a segunda temporada de “Dark” no último dia 21 de Junho, foi anunciado que a série original da Netflix alemã foi renovada para uma terceira e última temporada. Mas o que podemos esperar dela?

Para quem está por fora, em sua primeira temporada, o seriado segue o desaparecimento de duas crianças em uma cidade alemã, nos quais traz à luz as relações fraturadas, vidas duplas e o passado (e futuro) de quatro famílias que vivem lá.

Dark aborda o tema de viagens no tempo e principalmente o entrelaçamento temporal, onde passado, presente e futuro se conectam na mesma cidade. Tendo como principal elemento um buraco de minhoca (uma das formas que a física já teorizou sobre a possibilidade de viajar pelo espaço-tempo).

Em uma recente entrevista ao Vulture, a escritora-chefe Janjt Friese e o diretor Baran Bo Odar discutiram sobre como histórias de viagens no tempo têm se tornado um fenômeno dentro da cultura pop.

Em um breve retrospecto, vemos desde a década de 80 filmes como De Volta Para o Futuro (1985) até recentemente, com Vingadores: Ultimato (2019), a premissa de ser necessário voltar no tempo para consertar o presente. Todavia, no seriado alemão a viagem no tempo é elevada a nível filosófico, e não heróico como nos citados anteriormente.

Trazendo agora para a nossa realidade, histórias voltadas para a ficção científica neste tema pode estar tendo esse sucesso, pois vivemos em tempos incertos.

Tememos o que virá no futuro, e vivemos em um sentimento nostálgico de nosso passado, sobre como era antes de termos redes sociais e internet, quando eram tempos melhores. E as histórias de viagem no tempo, de alguma forma, nos conectam no presente com nosso anseio pelo passado e esse medo pelo futuro.

Mas o que significa esse fenômeno? É porque esperamos que conseguiremos mudar as coisas em que já erramos, como a mudança climática? Teremos que esperar para saber.

Deixe um comentário